Com o melhoramento genético conseguido pelas empresas de sementes de milho, conseguimos híbridos cada vez mais produtivos e precoces para termos excelentes resultados no manejo do complexo de mancha branca no milho. 

No melhoramento genético temos um grande entrave, quando se melhora a produtividade esses benefícios não conseguem trazer junto a resistência dos patógenos no geral ou com algum específico. Isso está ocorrendo na cultura do milho pois ainda não temos um híbrido que seja altamente produtivo, com precocidade e altamente sadio aos principais patógenos da cultura.

Mancha Branca no Milho

Dos patógenos que ocorrem na cultura do milho o principal hoje em dia nas diversas regiões brasileiras produtoras de milho é o Complexo de Manchas Brancas da Cultura do Milho, que como o próprio nome diz não é um patógeno específico e sim a ocorrência de patógenos associados causando esses danos na área foliar do milho.

Sintomas da Mancha Branca no Milho

Os primeiros sintomas que podemos observar nas lavouras de milho são manchas aquosas de aspecto encharcado e bem escuras, bem característico de doenças bacterianas. Esses sintomas são oriundos da bactéria Pantoea ananatis, as lesões bacterianas tornam-se necróticas de coloração grafite, evoluindo para cinza e finalmente pardas claras, distribuídas por toda superfície foliar. 

A partir dessas lesões de cor pardas claras é possível observar pontos escuros dentro das lesões causadas pelas bactérias, com estruturas reprodutivas fúngicas (peritécios e pecnídios), essas estruturas são do fungo Phaeosphaeria maydis, por isso o nome Complexo de Manchas Brancas no Milho.

No início da ocorrência deste patógeno ele somente se manifestava após o espigamento da cultura, porém com o passar das safras ela começou a ser encontrada cada vez mais cedo, nos estádios vegetativos da cultura, com isso se tivermos o hospedeiro susceptível, ambiente favorável e a presença de patógenos, ela pode estar presente. 

A maioria dos híbridos de hoje são hospedeiros susceptíveis, o ambiente se estiver com temperaturas próximas a 25º C, umidade relativa do ar em torno de 70% e a presença do patógeno, ela se manifestará, independentemente do estádio.

Fonte: Pioneer Sementes, 2019.

Controle da Mancha Branca no Milho

Para o controle desses importantes patógenos não devemos ficar baseados somente em uma estratégia de controle. Devemos nos basear no máximo de estratégias possíveis, como:

  • utilização de híbridos resistentes ou tolerantes aos patógenos;
  • rotação de culturas para evitarmos áreas com restos culturais contaminados;
  • nutrição equilibrada da cultura;
  • época de plantio para evitarmos as condições climáticas favoráveis aos patógenos e o controle químico.

O controle químico e eficaz destes patógenos está baseado em fungicidas com ativos a base de Estrobilurinas, Triazóis e Carboxamidas. O Mancozebe está presente em todas as opções de controle químico, este ativo tem se mostrado como altamente eficaz no controle do Complexo de Mancha Branca e outros patógenos que correm na cultura do milho. Além do excelente controle dos patógenos, é um fungicida multissítios que com isso conseguimos diminuir os problemas de possíveis resistências dos patógenos.

Vale relembrar que para um controle eficaz para esse patógenos a melhor estratégia ainda está em não ficar apoiado somente em uma opção de controle, com isso devemos nos planejar antes de instalarmos as lavouras, para que não sejamos pegos desprevenidos e com isso tenhamos prejuízos com a cultura.

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