A cultura do algodão no Brasil enfrenta hoje diversos desafios. Entre as principais pragas desfolhadoras do cultivo, o Curuquerê (Alabama argillacea) tem destaque quando o assunto é dificultar a rotina dos agricultores. Se deseja obter sucesso em seu cultivo, siga a leitura e descubra tudo o que precisa saber sobre o manejo do curuquerê do algodão, suas características, danos e formas de manejo.

Principais características do curuquerê do algodão

Ovos azul-esverdeados, lagartas verde-amareladas e mariposas marrons de 30mm de comprimento são algumas das principais características do curuquerê do algodão. 

A fase da lagarta dura entre 2 e 3 semanas, sendo a que mais provoca danos aos algodoeiros, com desfolhamento intenso das plantas. Ao fim do período larval, as lagartas dobram os bordos das folhas e os prendem com fios de seda para que se abriguem e possam se transformar em pupas.

É necessário atentar-se às pragas em períodos chuvosos e com temperaturas elevadas, uma vez que as condições são favoráveis para a reprodução e o aumento populacional das pestes. 

Danos causados pelo curuquerê do algodão 

Como dito anteriormente, esta é uma praga desfolhadora e, sendo assim, a perda intensa da capacidade fotossintética das plantas é um dos principais danos causados pelo curuquerê do algodão. 

As folhas são devoradas quase totalmente, principalmente nos estágios finais da fase da lagarta, além das nervuras maiores e pecíolos das plantas também serem atacados. Com o desfolhamento, o ataque das pragas pode também ocasionar maturação precoce das maçãs do algodão, resultando na paralisação da frutificação, na redução da produção e na perda de resistência das fibras. 

A lagarta atacando uma folha, causando danos na lavoura. Foto: Santos/2016.


Ao final dos ciclos, os insetos podem ainda infestar as fibras da plantação com fezes ou com hemolinfa de lagartas eventualmente esmagadas na colheita.

Como realizar o manejo do curuquerê do algodão?

Para realizar o manejo do curuquerê do algodão, a amostragem é de grande importância. Procure por ovos e lagartas dos insetos na terceira folha expandida a partir do ápice da planta, repetindo o processo durante todo o período do ataque.

A alternativa de controle do curuquerê mais utilizada é a liberação de Trichogramma spp. por todo o território da lavoura, com cerca de 100.000 ovos distribuídos em 15 pontos por hectare. Ao liberar as vespinhas, elas irão parasitar os ovos colocados pelas mariposas, ajudando no controle da praga. 

Medidas de combate que contam com inseticidas fisiológicos e biológicos só devem ser tomadas quando a amostragem detectar predominância de lagartas em sua fase jovem, até o 3º ínstar, em que o controle poderá ser mais eficiente.

Veja também: Plantação de Algodão: tudo o que você precisa saber sobre 

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