A crescente demanda por práticas agrícolas sustentáveis e eficientes tem levado ao desenvolvimento de novas abordagens e tecnologias no setor. 

Uma dessas inovações é o uso de ácidos orgânicos na agricultura, que tem demonstrado um impacto significativo tanto na fisiologia das plantas quanto nas propriedades do solo. 

O que são ácidos orgânicos?

Ácidos orgânicos são uma classe de compostos químicos que contêm um ou mais grupos funcionais ácido carboxílico. Eles são chamados de “orgânicos” porque geralmente são derivados de compostos orgânicos, ou seja, compostos que contêm carbono.

Os ácidos carboxílicos são caracterizados pela presença do grupo funcional COOH (ou CO2H), composto por um átomo de carbono ligado a um átomo de oxigênio por uma ligação dupla, e a um grupo hidroxila (OH). 

Esses ácidos são encontrados na natureza, em organismos vivos, e também podem ser sintetizados em laboratório. Eles têm uma ampla variedade de aplicações em nosso cotidiano, incluindo cosméticos, fármacos, conservantes, aromatizantes e em diversos outros campos.  

Alguns exemplos de ácidos orgânicos incluem:

  • Ácido acético (CH3COOH), encontrado no vinagre;
  • Ácido cítrico (C6H8O7), encontrado nos limões e laranjas;
  • Ácido lático (C3H6O3), encontrado no leite fermentado;
  • Ácido fórmico (HCOOH), encontrado nos formigas.

Ácidos Inorgânicos

Os ácidos inorgânicos são compostos químicos que contêm hidrogênio e um elemento não metálico. Quando dissolvidos em água, liberam íons hidrogênio (H+), o que torna a solução ácida. 

Eles são comumente utilizados na produção de fertilizantes, plásticos, corantes e também na manutenção de piscinas e na jardinagem. São substâncias perigosas que devem ser manuseadas com cuidado, pois podem causar queimaduras na pele, olhos e mucosas.

A principal diferença entre ácidos orgânicos e inorgânicos é a presença de carbono nas moléculas. Ácidos orgânicos contêm carbono, enquanto ácidos inorgânicos não. Geralmente, os ácidos inorgânicos são mais fortes, pois têm a propensão a ionizar-se mais completamente em soluções aquosas, liberando mais íons hidrogênio (H+), enquanto os ácidos orgânicos tendem a ionizar-se parcialmente, sendo classificados como ácidos fracos.

Os ácidos orgânicos também apresentam maior polaridade, tornando-os mais solúveis em água. Por outro lado, eles costumam ter pontos de ebulição mais baixos, o que os torna mais voláteis em comparação aos ácidos inorgânicos.

Ácidos orgânicos na agricultura

A maioria dos solos brasileiros é caracterizada pela acidez, escassez de nutrientes essenciais para o crescimento das plantas, como nitrogênio, fósforo e potássio, baixo teor de matéria orgânica e fertilidade natural reduzida.

Dessa forma, para melhorar a qualidade produtiva do solo, torna-se necessário adotar práticas de correção da fertilidade que garantam o sucesso da produção agrícola. Os ácidos orgânicos têm sido cada vez mais utilizados como aliados nesse processo, na forma de aditivos de solo e fertilizantes orgânicos. 

Os ácidos orgânicos mais importantes para a agricultura são os ácidos húmicos e fúlvicos, que resultam da decomposição da matéria orgânica no solo. Eles se destacam por sua alta capacidade de troca catiônica (CTC), ou seja, a capacidade de reter e liberar nutrientes para as plantas, proporcionando diversos benefícios ao solo.

Além disso, esses ácidos desempenham um papel fundamental na manutenção e recuperação da qualidade do solo, influenciando diretamente na sua estrutura física, química e microbiológica. Eles também têm a capacidade de complexação, ou seja, a capacidade de formar complexos com metais pesados, o que reduz a toxicidade desses metais tanto para as plantas quanto para o ambiente.

Como os ácidos orgânicos melhoram as propriedades do solo?

Os ácidos orgânicos impactam positivamente as propriedades do solo, desempenhando um papel crucial na determinação de sua qualidade e potencial produtivo. Essas propriedades são divididas em categorias químicas, físicas e biológicas, sendo todas influenciadas pelos ácidos orgânicos. Por exemplo:

Propriedades Químicas

Os ácidos orgânicos podem melhorar a disponibilidade de nutrientes no solo, facilitando a absorção de minerais pelas plantas. Eles também influenciam o pH, tornando o solo menos ácido ao complexar íons de hidrogênio (H+) e alumínio (Al3+). Vale ressaltar que essa mudança depende da quantidade de ácidos orgânicos aplicados e das características específicas do solo.

A capacidade de troca catiônica (CTC) do solo pode ser aumentada pelos ácidos orgânicos, que fornecem grupos funcionais carboxílicos e fenólicos capazes de reter cátions como cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), potássio (K+) e ferro (Fe2+). Isso resulta em maior capacidade do solo para reter nutrientes essenciais.

Os ácidos orgânicos também complexam metais pesados, como chumbo (Pb), cádmio (Cd) e cromo (Cr), reduzindo sua toxicidade para as plantas e tornando-os menos disponíveis para absorção pelas raízes. Além disso, solubilizam micronutrientes essenciais, como ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn), formando complexos que facilitam a absorção pelas raízes das plantas. A eficácia desses processos pode variar conforme as condições do solo, a concentração de ácidos orgânicos e as características específicas dos metais envolvidos.

Propriedades Físicas

Os ácidos orgânicos podem aprimorar a qualidade física do solo ao atuar na formação e estabilização dos agregados. Estas unidades estruturais são formadas pela união das partículas primárias do solo (areia, silte e argila) através de substâncias cimentantes, como matéria orgânica, óxidos de ferro e alumínio, carbonatos e sílica. Os agregados proporcionam ao solo boa porosidade, permeabilidade, aeração e retenção de água.

Eles também favorecem a formação de agregados ao funcionarem como agentes cimentantes e estimularem a atividade microbiana e radicular, que produzem substâncias que unem as partículas do solo. Além disso, protegem os agregados da dispersão causada pela chuva ou irrigação, contribuindo para a estabilização.

Propriedades Biológicas

Os ácidos orgânicos podem aprimorar a atividade biológica do solo, servindo como fonte de energia e nutrientes para microrganismos. Esses microrganismos desempenham funções importantes, como decomposição da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes, fixação de nitrogênio atmosférico, solubilização de fosfatos, produção de hormônios vegetais e supressão de patógenos. 

Ao fornecer carbono, nitrogênio e outros elementos essenciais, os ácidos orgânicos estimulam o crescimento e a diversidade dos microrganismos do solo. Além disso, influenciam o pH e a disponibilidade de oxigênio, fatores que afetam a atividade microbiana.

Dessa forma, a presença de ácidos orgânicos no solo pode melhorar sua estrutura beneficiando o crescimento das plantas e a sustentabilidade agrícola.

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O condicionador biológico presente no Super100 regenera a atividade biológica do solo, promovendo a economia circular. Além disso, essa tecnologia avançada proporciona maior enraizamento e produtividade, favorecendo um melhor desenvolvimento tanto do sistema radicular quanto da parte aérea das plantas.

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