O manejo de plantas daninhas na Cultura do Milho é decisivo para o sucesso da sua produção. Por isso, é importante conhecer as estratégias e cada uma das principais daninhas encontradas no território nacional, que podem prejudicar sua safra.

Siga a leitura no Universo AgroGalaxy e saiba como se preparar para cuidar da sua plantação de milho com mais eficiência!

Como criar estratégias de manejo de plantas daninhas?

Para criar estratégias de manejo de plantas daninhas na cultura do milho, primeiro é necessário entender que estamos falando da principal cultura utilizada em sucessão com a soja no Brasil. O sucesso desse sistema de sucessão vem acompanhado da semeadura de variedades de soja de ciclo curto, logo após o final do vazio sanitário. A semeadura do milho ocorre logo após a colheita da soja.

Isso significa que não há intervalo entre os cultivos de soja e milho, e é por isso que o manejo de plantas daninhas deve ser planejado com muita antecedência e cuidado. É importante focar na semeadura de milho no limpo, eliminando principalmente a infestação de gramíneas. Isso porque o milho é uma gramínea, o que reduz o número de herbicidas que podem ser utilizados.

O manejo no milho de verão já passa a ser mais simples, pois é possível realizar o controle na entressafra. Mas atenção: é extremamente importante ter cuidado para não haver problemas com efeito residual de herbicidas na cultura.

Principais plantas daninhas na cultura do milho e seus manejos

O primeiro passo para definir sua estratégia, é conhecer as principais plantas daninhas na cultura do milho e seus manejos. No Brasil, existem cinco principais daninhas para essa cultura. São elas:

● capim-amargoso;

● capim-pé-de-galinha;

● buva;

● picão-preto;

● amendoim bravo.

Saiba mais sobre cada uma delas a seguir:

Capim-amargoso

Vamos começar falando do capim-amargoso, uma das principais plantas daninhas do país, e considerada de difícil controle. O capim-amargoso tem ciclo perene, é uma planta herbácea, entouceirada, ereta e produz rizomas, sendo essa uma das características que torna essa planta uma daninha de difícil controle. A formação de rizomas garante que a planta tenha maior capacidade de recuperação após aplicação de herbicidas.

É essencial realizar o manejo do capim-amargoso antes da semeadura, para evitar a ocorrência de touceiras da daninha. Caso ocorram, é importante atrasar a semeadura do milho e controlá-las primeiro. Uma boa alternativa é plantar trigo, que vai garantir uma maior janela para manejo.

Capim-pé-de-galinha

O capim-pé-de-galinha é uma planta daninha de ciclo anual, com reprodução por sementes, e facilmente disseminada pelo vento. Essa daninha é encontrada na maior parte do Brasil, e vem ganhando força nos últimos anos por apresentar resistência aos herbicidas. É importante ter em mente que o capim-pé-de-galinha perfilha muito cedo, e a partir de 3 perfilhos, os herbicidas passam a apresentar menor eficiência de controle.

Seu manejo é similar ao do capim-amargoso, mas recomenda-se o controle em plantas com menos de 2 perfilhos. Um ponto de atenção está no monitoramento, pois quando pequena, essa daninha pode permanecer escondida embaixo da palha de sua área.

Buva

A buva está presente em grande parte do país, e também apresenta diversos casos de resistência a herbicidas, sendo considerada uma das principais plantas daninhas na cultura do milho do Brasil. Possui ciclo anual e sua propagação acontece exclusivamente por sementes, facilmente disseminadas pelo vento. A germinação dessas sementes pode coincidir com o final do ciclo do milho, pois costuma ocorrer nos meses de junho a setembro.

Além do manejo com combinação de herbicidas, uma técnica que também tem se mostrado muito efetiva no manejo da buva é o uso de consórcio de milho com braquiária.

Picão-preto

O picão-preto está presente em quase todo o território nacional, em duas principais espécies diferentes, que podem ser identificadas pela quantidade de arestas nos aquênios. É uma planta de ciclo anual, que se reproduz por sementes, disseminadas principalmente por meio de animais, máquinas e implementos agrícolas. Além disso, as sementes possuem mecanismo de dormência, o que possibilita sua emergência em períodos mais favoráveis.

Para controlar a planta daninha em milho convencional, são recomendadas aplicações durante a pré-emergência, e em alguns casos, pode ser necessária uma aplicação complementar na pós-emergência.

Amendoim bravo ou leiteiro

O amendoim bravo, daninha de ciclo anual, tem alta capacidade de multiplicação, desenvolvimento e crescimento. Por serem consideradas grandes, suas sementes não são disseminadas pelo vento, o que faz delas viáveis por muitos anos. Estas também podem germinar o ano todo, devido à fácil adaptação. Assim como o picão-preto, podem ser disseminadas por animais, máquinas e implementos agrícolas.

O manejo químico do amendoim bravo em milho convencional vai depender da cultura e tecnologia presente, já que já existem alguns tipos de amendoim bravo resistentes a componentes regularmente usados, como o glifosato.

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