Você está preparado para controlar a cigarrinha-do-milho? Este inseto pode prejudicar o desenvolvimento da plantação, além de transmitir doenças à cultura do milho. Por isso, é importante conhecer as principais características da cigarrinha, além dos tipos de controle para acertar no manejo e garantir uma safra de milho mais saudável.
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Principais características da cigarrinha-do-milho
A cigarrinha-do-milho é um inseto sugador, que pertence à ordem Hemiptera e à família Cicadellidae. Estamos falando de um inseto sugador, pequeno, que mede entre 3mm a 4mm na fase adulta, e tem coloração esbranquiçada. Seu período embrionário dura de 5 a 10 dias, já a fase ninfa dura entre 14 e 16 dias, levando aproximadamente 24 dias para chegar à fase adulta.
Os ovos da cigarrinha-do-milho são depositados dentro do tecido vegetal. Assim, insetos em fase adulta e ninfas sugam a seiva das folhas na região do cartucho. Esta ação causa redução no desenvolvimento das plântulas e do sistema radicular, além de transmitir doenças.
Vale dizer que, quando adultos, esses insetos podem se alimentar de outras plantas da família do milho. Apesar disso, a reprodução acontece apenas em cartuchos de plantas de milho. No período de entressafra, a cigarrinha-do-milho sobrevive em trigueiras de milho, onde também se multiplica, ou em outras lavouras de milho.
Tipos de controle da cigarrinha-do-milho
Para controlar a cigarrinha-do-milho e, por consequência, reduzir as doenças transmitidas pelo inseto-vetor, é necessário adotar medidas baseadas no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Pode ser feito o controle varietal, químico, biológico ou por rotação de culturas. Vamos conhecer cada um deles e suas particularidades a seguir.
Controle varietal
Chamamos de controle varietal aquele realizado com cultivares resistentes aos enfezamentos. Porém, aliado a isso, é preciso realizar a rotação dos materiais, para evitar a quebra de resistência das cultivares. Além disso, o produtor deve ter atenção às regiões com alta incidência de enfezamentos, pois nesses casos, a utilização de cultivares suscetíveis acarretará em grandes perdas econômicas.
Controle químico
O controle químico é um dos métodos mais utilizados no MIP (Manejo Integrado de Pragas). É importante que o produtor tenha em mente que, por ser um inseto vetor da doença, o controle da cigarrinha-do-milho é difícil de ser descrito.
Existem 27 inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) atualmente, sendo a maioria à base de neonicotinóides, piretróides e organofosforados. É comum realizar pulverização com mistura de produtos à base desses inseticidas citados, com eficiência esperada de 90% para controle do vetor.
Vale dizer que os produtos à base de neonicotinóides tem mostrado eficiência no controle de população do vetor, nos estágios iniciais de desenvolvimento do milho.
Controle biológico
O controle biológico da cigarrinha-do-milho costuma ser feito com o fungo entomopatogênico Beauveria bassiana. Existem ainda estudos em alguns países, como Argentina e México, a respeito de parasitóides da cigarrinha, que são divididos em dois tipos: aqueles que parasitam ovos e aqueles que parasitam ninfas e adultos.
Atualmente, estão registrados no MAPA 16 produtos comerciais à base de Beauveria bassiana e 1 de Isaria fumosorosea. Esses podem apresentar eficiência de controle de até 85%, se realizada corretamente nas fases iniciais de desenvolvimento da cultura.
Controle por rotação de culturas
O método de controle por rotação de culturas pode ser usado para reduzir a população de cigarrinha-do-milho, pois trata-se de um inseto específico dessa cultura. É possível observar que, nas regiões onde o milho é cultivado apenas em uma safra, pode haver menores desafios com a cigarrinha. Nesses casos, é possível notar um aumento em outros problemas, como ataque de percevejos.
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