As manchas arroxeadas no milho podem ser um sinal de várias condições que afetam a saúde da planta. Uma das principais causas é a deficiência de fósforo, um nutriente essencial para o desenvolvimento adequado das folhas. Quando a planta não recebe quantidade suficiente de fósforo, ela pode apresentar manchas arroxeadas nas folhas e caules.
Na segunda safra de milho de 2022, a ocorrência de patógenos que causam manchas de coloração arroxeadas a marrom, com sintomas nas folhas próximo a bainha, nas espigas e no colmo (Figura 01) apareceram em diversas plantações. Essa ocorrência iniciou-se no Oeste do Paraná, logo em seguida reportada a ocorrência no Noroeste do Paraná e Sul do Mato Grosso do Sul, chegando até o Norte do Paraná e Sul do estado de São Paulo, em áreas comerciais.
Primeiros relatos de Manchas Arroxeadas
Os primeiros relatos dessas manchas ocorreram no Corn Belt americano, onde os pesquisadores naquele momento não correlacionaram essas manchas como doenças. A deposição dos grãos de pólen, poeira e umidade, depositadas sob a bainha das plantas (Figura 02), favorecem o desenvolvimento fungos e bactérias saprófitos ou patógenos secundários, que se aproveitam deste ambiente favorável, alimentando-se e proliferando essas lesões com formato irregulares e coloração escuras arroxeadas.
Qual a causa das manchas arroxeadas no milho?
Seus danos econômicos não estão ligados à ocorrência direta das Manchas Arroxeadas nas Bainhas do Milho, mas sim aos patógenos que vem e se instalam no mesmo local que as manchas por terem um ambiente perfeito para o início da sua colonização.
Dentre os patógenos que já foram relatados Bacterioses (causando lesões nas bases da espiga gelatinosa e com mau odor), Fusariose (causado por Fusarium moniliforme), dentre outros patógenos. Os danos que esses patógenos irão trazer são diminuição no peso final de grãos e ou grãos ardidos, comprometendo a qualidade dos grãos, com isso gerando grãos níveis altos de Micotoxinas.
Está em estudo a ocorrência de Manchas Arroxeadas, ligadas às altas infestações de Pulgão do milho (Figura 02), isso devido a produção de açúcares oriundas das excreções dos pulgões, se tornando também fonte alimento para esses microrganismos patogênicos, originando também manchas arroxeadas, isto ocorreu no Oeste, porém no Noroeste e no Norte do Paraná também está sendo investigado essa possibilidade.
As lesões têm tamanhos variados, com lesões de coloração arroxeadas tendendo a negras, podendo ter centro amarelo ou não.
Essas lesões têm início no final do estádio vegetativo (pré pendoamento – Vn), ficando mais evidente a ocorrência deste patógeno nos estádios R2 (grão leitoso) a R3 (grão pastoso).
Quais os danos econômicos das manchas arroxeadas?
Não se tem relato de híbridos que sejam resistentes a ocorrência destas manchas, com isso a principal forma de controle é a rotação de culturas, em áreas com grande ocorrência é recomendado não cultivar milho durante dois anos. Controle químico registrado também não há, pois como a Mancha Arroxeada não é um patógeno e sim uma variação de possíveis patógenos fica difícil seu controle.
O departamento TechA do AgroGalaxy, orienta aos produtores rurais e seus consultores o manejo e monitoramento dos pulgões desde a fase inicial até o pré-pendoamento da Cultura de Milho, uma vez que a o desencadeamento desta doença por esse fator e ainda da concentração de pólen na base da bainha da planta.
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