O manejo de resistência é um conjunto de medidas adotadas para evitar ou retardar a perda de eficácia das ferramentas de controle de pragas, como inseticidas, fungicidas e plantas transgênicas.  

O manejo de resistência visa preservar a biodiversidade e a sustentabilidade da produção agrícola, reduzindo os impactos ambientais e econômicos causados pela resistência de insetos, fungos e plantas daninhas. 

Manejo de resistência na lavoura 

O manejo de resistência na lavoura consiste em adotar medidas preventivas e integradas para evitar a perda de eficiência das ferramentas de controle de pragas, como inseticidas, fungicidas e plantas transgênicas.  

Algumas dessas medidas são: respeitar o vazio sanitário, fazer o manejo integrado de pragas e doenças, usar os defensivos agrícolas de modo preventivo e rotacionar os mecanismos de ação, adotar o uso de plantas de alta-dose ou piramidadas, plantar áreas de refúgio para preservar insetos suscetíveis, controlar plantas daninhas e voluntárias, monitorar as pragas e usar sementes certificadas.  

Essas práticas visam aumentar a produtividade e a sustentabilidade da lavoura, reduzindo os riscos de resistência e os impactos ambientais e econômicos. 

Barreira física: falando do biofilme 

O biofilme é uma camada de microrganismos envolvidos por uma matriz polimérica que se adere a superfícies úmidas.  

O biofilme pode atuar como uma barreira física que dificulta a penetração de agentes antimicrobianos, como antibióticos, desinfetantes e células do sistema imunológico.  

Essa barreira protege os microrganismos do biofilme de estresses ambientais e aumenta a sua resistência e sobrevivência.  

O biofilme pode causar problemas em diversos setores, como saúde, indústria e agricultura, pois pode provocar infecções, corrosão, entupimento e contaminação de superfícies e equipamentos. 

Os 3 fundamentos essenciais do manejo integrado de pragas 

O manejo integrado de pragas (MIP) é uma estratégia que busca controlar as pragas agrícolas de forma eficiente, econômica e ambientalmente sustentável, utilizando uma combinação de métodos preventivos e corretivos.  

Os três pilares do MIP são: a avaliação do agroecossistema, o monitoramento das pragas e a tomada de decisão.  

A avaliação do agroecossistema consiste em conhecer as características da cultura, do solo, do clima e dos inimigos naturais das pragas.  

O monitoramento das pragas consiste em acompanhar a densidade populacional, a distribuição espacial e o nível de dano das pragas na lavoura.  

A tomada de decisão consiste em escolher o método de controle mais adequado para cada situação, levando em conta o nível de dano econômico, o custo-benefício, a seletividade e o impacto ambiental dos métodos disponíveis. 

Controle biológico: simplificando o manejo de doenças da parte aérea 

O controle biológico é uma das estratégias do manejo integrado de doenças da parte aérea, que consiste no uso de organismos vivos ou seus produtos para reduzir a população ou a atividade dos patógenos que causam doenças nas plantas.  

O controle biológico pode simplificar o manejo de doenças da parte aérea, pois pode oferecer benefícios como: redução do uso de agrotóxicos, preservação dos inimigos naturais, menor risco de resistência dos patógenos, menor impacto ambiental e maior segurança para o produtor e o consumidor.  

Alguns exemplos de controle biológico de doenças da parte aérea são: o uso de fungos antagonistas como Trichoderma spp. e Bacillus spp. para controlar doenças causadas por Sclerotinia spp., Botrytis spp. e Alternaria spp.; o uso de bactérias promotoras de crescimento como Pseudomonas spp. e Azospirillum spp. para induzir resistência sistêmica em plantas contra patógenos como Xanthomonas spp. e Pseudomonas syringae; o uso de vírus como o vírus da mancha anelar do mamoeiro (PRSV) para controlar o mosaico do mamoeiro causado pelo vírus da meleira do mamoeiro (PMMV); e o uso de extratos vegetais como o óleo de nim (Azadirachta indica) para controlar doenças causadas por fungos e bactérias. 

Antibióticos e antifúngicos 

Antibióticos e antifúngicos são medicamentos que pertencem à classe dos anti-infecciosos, ou seja, que têm a capacidade de combater infecções causadas por bactérias e fungos, respectivamente.  

Os antibióticos podem ser bactericidas, quando matam as bactérias, ou bacteriostáticos, quando impedem a sua multiplicação.  

Os antifúngicos podem ser fungicidas, quando matam os fungos, ou fungistáticos, quando impedem o seu crescimento.  

Tanto os antibióticos quanto os antifúngicos devem ser usados de forma racional e prescrita por um médico, pois o uso inadequado pode levar ao surgimento de resistência dos micro-organismos, reduzindo a eficácia dos tratamentos.  

Esses medicamentos podem causar efeitos colaterais indesejáveis, como alergias, toxicidade hepática ou renal, alterações na flora intestinal ou vaginal e interações com outras drogas. Existem diferentes classes de antibióticos e antifúngicos, que atuam em diferentes alvos nas células dos micro-organismos.  

Por exemplo, alguns antibióticos inibem a síntese da parede celular bacteriana (como a penicilina e a cefalosporina), outros inibem a síntese proteica (como a eritromicina e a tetraciclina) e outros inibem a síntese do ácido fólico (como o sulfametoxazol e o trimetoprim).  

Já alguns antifúngicos inibem a síntese do ergosterol, um componente da membrana celular fúngica (como o cetoconazol e o anfotericina B), outros inibem a síntese do RNA ou do DNA fúngico (como a flucitosina e o 5-fluorocitosina) e outros inibem a síntese da β-glucana, um componente da parede celular fúngica (como as equinocandinas).  

A escolha do antibiótico ou do antifúngico mais adequado para cada infecção depende de vários fatores, como o tipo de micro-organismo causador, o local da infecção, a gravidade dos sintomas, as condições clínicas do paciente, a farmacocinética e a farmacodinâmica da droga 

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