Você já conhece as particularidades do milho híbrido? Esse tipo surgiu como alternativa para aumentar a produtividade de uma das culturas mais consumidas no mundo. A seguir, saiba mais sobre o milho híbrido, suas sementes, vantagens e desvantagens e como realizar a escolha adequada para plantio.

O que é milho híbrido?

Chamamos de milho híbrido aquela primeira geração obtida a partir do cruzamento das linhagens puras do milho. As sementes resultantes são caracterizadas principalmente por seu alto vigor e sua elevada produtividade.

O que difere o milho híbrido de outras cultivares é o tipo de produção envolvido. Sementes híbridas tem como base de produção as sementes de milho puras. Estas são obtidas a partir da autofecundação. 

Por outro lado, as demais sementes são produzidas através da polinização aberta, mantendo suas características nos filhos. Estas são plantas menos produtivas que os híbridos.

Tipos de sementes de milho híbrido

Existem três principais tipos de milho híbrido: simples, duplo e triplo. O que difere cada um é o nível de tecnologia usado para produzi-los, porém, existe um ponto em comum entre os três tipos: suas sementes resultantes não podem ser salvas. 

Isso acontece devido a grande variabilidade genética existente, e com isso, não é possível trazer o mesmo vigor produtivo das gerações anteriores. Por isso não é possível também manter o controle preciso e certificado no campo, que resulta em futuras gerações com produtividades variáveis.

O híbrido simples surge a partir do cruzamento entre duas linhagens puras, e suas sementes vão apresentar elevado grau de pureza genética. Estas possuem ainda maior potencial, e oferecem plantas e espigas mais uniformes na lavoura. Para isso, exigem um maior nível de tecnologia para o cultivo. 

Híbridos duplos surgem a partir do cruzamento de dois híbridos simples, ou seja, provenientes de quatro linhagens puras. Estas não serão tão produtivas quanto a anterior, mas suas exigências tecnológicas são muito menores.

Por fim, o híbrido triplo funciona como uma alternativa intermediária. Este é criado a partir do cruzamento entre uma linhagem pura e um híbrido simples. Assim, seu nível de produtividade é mais baixo que o simples, mas ainda é superior ao duplo. 

O triplo é uma opção intermédia quando se trata de nível tecnológico e custo das sementes. É criado ao fazer um cruzamento entre uma linhagem pura e um híbrido simples — precisando, portanto, de três variedades puras.

Legenda: Ilustração da geração dos tipos de milho híbrido.

Vantagens do milho híbrido

A produtividade pode ser citada como a principal vantagem do milho híbrido, estando bem acima das tradicionais. Outra vantagem está nas sementes que apresentam alto vigor, e as plantas e espigas contam com um padrão de uniformidade.

O milho híbrido é mais indicado também em lavouras de alto nível tecnológico, com clima e qualidade de solo ideal. Vale ter em mente que o custo elevado dos híbridos é compensado com sua alta produtividade garantida.

Desvantagens do milho híbrido

É preciso ter em mente que o milho híbrido exige boas condições climáticas e de solo, além de tecnologia elevada para bom desempenho. Por isso, em propriedades sem grandes investimentos tecnológicos, ambientes com baixa fertilidade de solo e clima inadequado, é recomendado optar pelo milho variedade.

Isso porque, nestes casos, o alto custo do milho híbrido não traria retorno econômico, e resultaria em prejuízos ao produtor.

Como escolher o milho híbrido para plantio?

Na hora de escolher o milho híbrido para plantio, vale levar em consideração o ciclo, que é dividido entre normal, precoce e superprecoce.

No ciclo normal, o híbrido atinge a maturação fisiológica em menos de 110 dias; o ciclo precoce tem duração entre 110 e 145 dias; e o ciclo superprecoce tem duração acima de 145 dias. Apesar das definições, condições climáticas e local de plantio podem causar alterações no ciclo.

Por fim, tenha em mente que os híbridos podem ser usados para todo tipo de finalidade, incluindo alimentação. Na hora de escolher, leve em consideração também as questões já mencionadas, como investimentos tecnológicos da propriedade, condições climáticas e de solo.

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