O milho é uma das principais matérias-primas agrícolas do mundo, cultivado em quase todos os continentes. No Brasil, ele desempenha um papel importante, sendo a segunda cultura mais plantada, ficando atrás somente da soja.
A comercialização do milho é uma atividade complexa que envolve diversos fatores, como a oferta e demanda do mercado, custos de produção, desafios do cultivo, escolha da variedade e oportunidades na comercialização.
Acompanhe a leitura para entender tudo sobre este processo e maximizar o potencial desse cereal amplamente utilizado pelo mundo.
O mercado do milho
O mercado do milho está em constante crescimento no Brasil. As últimas três safras do cereal somam aproximadamente 131,9 milhões de toneladas, um aumento de quase 20 milhões em relação ao ciclo anterior.
Este vasto mercado é dividido em dois segmentos principais: interno e externo. O interno refere-se à produção de milho destinada à venda dentro do país, usada extensivamente na alimentação humana e na produção de ração animal.
Já o externo se falamos sobre a exportação da matéria-prima. O Brasil é um dos principais exportadores mundiais de milho, com 56 milhões de toneladas na safra 2022/2023, contribuindo significativamente para a economia nacional.
O mercado do milho é amplo e possui diversas estratégias, as quais veremos mais adiante.
Os tipos de milho
O milho é uma planta de grande diversidade, com características próprias e diferentes condições climáticas de cultivo. Conforme suas especificidades e usos, ele pode ser classificado em cinco tipos principais:
- Milho dentado: tipo mais comum no Brasil, possui grãos grandes e macios que facilitam o processamento. É utilizado na produção de alimentos para consumo humano e também em ração animal.
- Milho duro: semelhante ao milho dentado, mas com grão mais firme. É usado principalmente na produção de fubá, farinha e amido.
- Milho farináceo: caracteriza-se por grãos grandes, macios e quebradiços. É frequentemente usado para produzir farinha, fubá e canjica.
- Milho pipoca: seus grãos são pequenos e rígidos. Como sugere o nome, é comumente usado para fazer pipoca.
- Milho doce: possui grãos macios, grandes e doces, com alto teor de açúcar. É consumido in natura ou usado na produção de sucos e doces.
Existem ainda outras variações produzidas em menor escala, como o milho pipoca japonês, o mini e o milho crioulo. Cada tipo, com suas características distintas, traz particularidades à comercialização deste cereal.
O processo de comercialização do milho
O mercado do milho é bem diversificado e possui muitos processos de comercialização, que variam conforme a época, preço e intermediário envolvido. Existem três modalidades principais de venda neste mercado:
- Antecipada: nesta modalidade, o produtor vende o produto com um preço fixado antes da colheita. Essa estratégia garante um valor mínimo de segurança, mas pode limitar a margem de lucro.
- Futura: a venda ocorre após a colheita, mas antes da entrega do milho ao comprador. O produtor também o vende com um valor fixado, mas a entrega é feita em uma data futura, se protegendo das possíveis oscilações do mercado.
- Spot: também ocorre após a colheita, quando o produtor vende o produto no momento da entrega. Isso proporciona mais flexibilidade na precificação, mas expõe o produtor aos riscos das oscilações do mercado.
Cada estratégia tem seus prós e contras, e a escolha depende da safra e dos objetivos do produtor.
Os desafios da comercialização do milho
De acordo com estudos da CEPEA, alguns dos principais desafios da comercialização do milho envolvem a diferença de preços para cada região, devido a fatores como o transporte, clima, tributação e desequilíbrio entre oferta e demanda. Esses elementos contribuem para a volatilidade dos preços no mercado, resultando em flutuações mesmo na ausência de mudanças na relação oferta-demanda.
Como podemos ver, o mercado de milho luta para se tornar mais transparente, eficiente e competitivo, principalmente devido à complexidade na formação de preços. A força da exportação na comercialização do milho adiciona outro desafio: a variação da cotação do dólar, já que a sua alta ou queda interfere diretamente em todo o mercado.
Além disso, mudanças climáticas e outros fatores que afetam a oferta e demanda, produtividade e rentabilidade da lavoura também representam obstáculos. Isso inclui questões relacionadas ao controle e manejo do cereal, logística e, evidentemente, o clima.
As oportunidades da comercialização do milho
O mercado de milho é vasto e repleto de oportunidades. Uma delas é o fomento ao mercado interno, com investimentos na comercialização direta para consumidores e comércios locais.
A diversificação, tanto em cultivares e tipos de milho quanto em sua produção, também representa uma chance de ampliar a comercialização do cereal, reduzindo custos e aumentando a produtividade e diferenciação no mercado. Alguns exemplos incluem a produção de milho orgânico e biocombustíveis, cuja demanda vêm crescendo no mercado
A estabilidade na demanda pode ser garantida por meio de acordos de compra antecipada com clientes, proporcionando benefícios mútuos e proteção contra flutuações de preços. Investir em tecnologia e práticas agrícolas sustentáveis também é uma estratégia valiosa para maximizar a produção e os resultados, diminuindo o custo de produção, especialmente a médio e longo prazo.
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