Dada a importância da agricultura para a humanidade e seu impacto ambiental, a urgência de práticas agrícolas sustentáveis é cada vez maior. 

A adubação verde, por sua vez, se destaca entre essas práticas, trazendo benefícios ambientais, sociais e econômicos, tornando a agricultura mais saudável e produtiva. Continue a leitura para entender melhor e se aprofundar nesse tema!

Quais são os benefícios da adubação verde?

Assim como as outras práticas da agricultura sustentável, a adubação verde traz diversos benefícios para o solo e para a saúde da produção agrícola, tornando-a mais estruturada, fortificada, protegida e com recursos adequados para um desenvolvimento produtivo. Veja mais detalhes a seguir.

Melhoria da fertilidade do solo

A adubação verde aumenta a disponibilidade de nutrientes através da reciclagem desses componentes, promovendo um crescimento da atividade microbiana. Isso resulta em um solo melhor estruturado e menos compactado.

Aumento da matéria orgânica

O aumento de matéria orgânica no solo é fundamental para a saúde da produção agrícola. Através de plantas de cobertura ricas em compostos orgânicos, a adubação verde favorece a decomposição desses materiais pelos microorganismos do solo, liberando nutrientes essenciais. Isso resulta em um solo mais rico, com melhor retenção de água e menos erosão.

Auxilia no controle de ervas daninhas e pragas

Ao competir com as ervas daninhas por nutrientes e espaço, as plantas de cobertura reduzem sua capacidade de crescimento. Elas liberam substâncias químicas que inibem o crescimento das ervas daninhas e podem atrair insetos benéficos para o controle natural de pragas, reduzindo a necessidade de pesticidas e herbicidas, e contribuindo para um ambiente agrícola mais saudável e equilibrado.

Proteção contra erosão do solo

As plantas de cobertura usadas na adubação verde contribuem para a redução da exposição ao sol e à chuva, preservando a umidade do solo e evitando a compactação causada pela chuva.

Além disso, suas raízes melhoram a estrutura do solo, aumentando sua porosidade e capacidade de retenção de água. Com o solo protegido contra a erosão, é possível minimizar a perda de nutrientes e matéria orgânica, mantendo a fertilidade do solo por mais tempo e auxiliando na conservação dos recursos hídricos.

Quais as principais espécies utilizadas na adubação verde?

Para implementar a adubação verde, escolha espécies de plantas com ciclo anual ou perene que cubram o terreno durante um período específico, considerando as necessidades do solo. 

Considere fatores ambientais como temperatura, fertilidade do solo e disponibilidade de água, os quais têm influência direta no metabolismo das plantas e na qualidade do solo, sendo cruciais para o sucesso dessa prática. 

Descubra mais sobre as principais espécies utilizadas na adubação verde!

Leguminosas

As leguminosas fornecem quantidades significativas de matéria orgânica ao solo, além de disponibilizarem nitrogênio para as culturas e auxiliarem na reciclagem de nutrientes. Espécies como Crotalaria spectabilis, Mucuna Cinza e Feijão-de-porco são algumas das leguminosas mais utilizadas na adubação verde.

Diversas espécies de leguminosas se adaptam a diferentes condições ambientais. A Centrosema, por exemplo, produz muitas sementes e tem excelente desempenho mesmo em condições de baixa umidade. A Mucuna Cinza (Mucuna nivea) e a Mucuna Preta (Mucuna aterrima), são conhecidas pela alta produção de matéria seca em solos com baixa fertilidade. 

O Feijão-de-porco é resistente à baixa fertilidade do solo, sombreamento e seca, sendo comumente usado em consórcio com milho. Por fim, espécies como caupi, cunhã, estilosantes e Feijão-bravo-do-ceará prosperam em condições de déficit hídrico.

Gramíneas

As gramíneas contribuem para a formação de uma palhada que permanece no solo por um período prolongado devido à sua decomposição mais lenta. Esse aspecto auxilia no controle da erosão, melhoria da estrutura do solo, redução do uso de fertilizantes e pesticidas e conservação da umidade. 

Entre as principais espécies de gramíneas utilizadas na adubação verde estão a aveia-preta, resistente aos períodos mais secos, como o outono-inverno; o azevém, de fácil aquisição de sementes e baixo custo de implantação; e as braquiárias, milheto e sorgo-forrageiro

Cada uma dessas espécies possui características específicas que podem ser adaptadas a diferentes condições ambientais e necessidades de manejo.

Processo de implantação da adubação verde

O primeiro passo para implementar a adubação verde é realizar uma análise detalhada do solo e definir o objetivo, seja nutrição, controle de pragas e doenças, minimização da erosão, cobertura do solo, entre outros. Com essa análise e objetivo definidos, deve-se considerar a estação ou clima, período de plantio e manejo das plantas.

Após o manejo adequado para o plantio, antes do período de floração ou reprodutivo, as plantas podem ser cortadas corretamente com equipamentos agrícolas e incorporadas ao solo.

Vale ressaltar que a rotação de culturas é fundamental nesta prática. Evite plantar sucessivamente a mesma espécie de planta para o adubo verde e, se possível, intercale a cultura do adubo verde com a principal.

Como a adubação verde contribui para a saúde do solo?

Como vimos, a adubação verde é mais uma excelente técnica agrícola sustentável que fortalece a saúde do solo e torna sua produção muito mais saudável e produtiva.

Em resumo, os benefícios da adubação verde para o solo incluem: maior ciclagem de nutrientes essenciais (incluindo a fixação de nitrogênio), proteção contra erosão, competição com ervas daninhas reduzindo a infestação e atração de polinizadores e predadores naturais. O resultado é um solo mais saudável e produtivo.

Diminuição do uso de fertilizantes químicos

Um ‘’plus’’ de tudo isso é que, com um bom fornecimento de nutrientes nas camadas do solo, ele fica mais tempo abastecido com os elementos necessários para uma boa produtividade. Isso reduz a necessidade e economiza nos custos de fertilizantes químicos.

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