Você conhece as técnicas de plantação de milho irrigado? Com o crescente interesse pela plantação de milho em segunda safra, cresce também a busca por técnicas que possam suprir algumas necessidades do solo, já que estamos falando de um período com redução de chuvas, temperatura e luminosidade. Esses fatores influenciam diretamente na produtividade da lavoura, por isso, é fundamental encontrar maneiras de contornar esses problemas.

Saiba mais sobre a plantação de milho irrigado, entenda quando essa técnica passa a ser uma boa alternativa, conheça as vantagens e desvantagens do método e os diferentes tipos de irrigação do milho a seguir.

Quando a plantação de milho irrigado é uma boa alternativa? 

Primeiro, vamos lembrar que o período de semeadura do milho costuma ser definido pela distribuição de chuvas, que influencia na oferta de água do solo. Durante todo o ciclo de desenvolvimento, o consumo de água do milho fica entre 500 mm e 800 mm.

Por ter sua semeadura entre janeiro e março, o milho safrinha sofre com limitações de água, por conta de alguns fatores como a redução de chuvas. Além disso, existe a possibilidade de veranicos dias após o plantio, o que aumenta os riscos de perdas na colheita. É nesse momento que identificamos a possibilidade de irrigação, já que esta pode impulsionar consideravelmente o rendimento do milho.

A queda na produtividade vai depender da intensidade do déficit hídrico e do período. Em períodos de estiagem prolongada antes da polinização, pode haver queda de 50% na produção, e de 25% a 30% no caso de deficiências posteriores. Já no período de florescimento, dois dias de estresse hídrico podem resultar numa queda de 20% de rendimento, e de quatro a oito dias, uma queda de mais de 50%.

Vantagens e desvantagens do milho irrigado com gotejamento 

Vantagens

  • O milho terá água suficiente para atingir seu potencial produtivo
  • Melhorar a qualidade do produto
  • Produção na entressafra
  • Baixos custos

Desvantagens

  • Investimento inicial elevado
  • Necessária uma gestão agrícola detalhada para que não haja desperdício  ou falta de água
  • Gastos com manutenção

Métodos de irrigação do milho 

Depois de ponderar todas as questões já mencionadas, é hora de selecionar o método de irrigação do milho. O produtor pode escolher entre três opções principais: irrigação por superfície, por aspersão ou localizada. Vamos entender melhor cada uma delas a seguir.

Irrigação por superfície

Na irrigação por superfície, como o nome sugere, a água será conduzida pela superfície do solo até o ponto de infiltração. Para esse tipo de irrigação, os sistemas mais comuns são as irrigações por inundações e as irrigações por sulcos. O método é bastante utilizado no sul do Brasil.

Principais vantagens: baixo custo de implantação, energia e manutenção; favorece o aumento de fotossíntese em folhas mais baixas; promove fixação do nitrogênio atmosférico; não é limitada pelo vento.

Irrigação por aspersão 

A irrigação por aspersão simula chuva artificial, com um aspersor expelindo água para o ar. Essa água se transforma em pequenas gotículas de água, que cairão sobre o solo e as plantas. Os principais sistemas são convencional, pivô-central e autopropelido.

Principais vantagens: baixo custo de mão-de-obra; alta eficiência de aplicação; facilidade na aplicação de fertilizantes; e melhor controle da lâmina de irrigação.

Irrigação localizada

A irrigação localizada consiste em aplicar a água na área ocupada pelas raízes das plantas, formando uma faixa úmida. Os sistemas básicos nesse tipo são a microaspersão e o gotejamento. A técnica é muito utilizada atualmente.

Principais vantagens: baixo custo de mão-de-obra e energia; alta eficiência de aplicação; facilidade e eficiência na aplicação de fertilizantes; adaptável aos diferentes tipos de solo; garante que o solo permaneça uniformemente úmido e com oxigênio; não é limitada pelo vento e declividade do terreno.

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