Você conhece os tratos culturais do café? Vamos falar sobre alguns processos essenciais para garantir que a plantação seja produtiva e bem sucedida. Saiba mais sobre o controle de ervas daninhas, a adubação e as principais pragas e doenças que podem afetar a produção, encontre as melhores técnicas para lidar com cada questão e prepare-se para uma colheita de sucesso!
Controle de ervas daninhas
Por muito tempo, o controle de ervas daninhas em cafezais era feito na intenção de livrar totalmente a lavoura da presença dessas plantas, mas isso mudou. Atualmente, os cafeicultores já conseguem identificar que algumas plantas, antes consideradas daninhas, na verdade podem conviver com a plantação de café.
Existem, por exemplo, duas técnicas adotadas a partir dessa ideia: manter a linha do café sem plantas daninhas vivas, porém coberta por palhada, e manter a entrelinha com “mato”.
É importante ter em mente que apenas algumas daninhas podem “ajudar” no cafezal. Para tratar as demais, é possível optar por diferentes tipos de manejo, como o preventivo, cultural, químico ou mecânico.
Adubação
A adubação, aliada à nutrição, é um ponto determinante para garantir uma colheita bem sucedida e produtiva. Mas primeiro, é preciso considerar a exigência e estado nutricional do cafezal, a disponibilidade de nutrientes no solo e a eficiência da adubação. A disponibilidade de nutrientes, por exemplo, é um fator variável, que exige uma profunda análise do solo. Esta é responsável por garantir uma adubação mais eficiente.
Vale ter em mente também que as adubações variam de acordo com as fases do cafezal. Para plantar café, por exemplo, é recomendada a aplicação de 60g de P2O5 por metro de sulco de plantio, independente da análise química do solo. Um cafezal em formação terá menos exigências de nutrientes do que em uma lavoura em produção.
Por isso, é preciso estar atento às exigências nutricionais de cada etapa do cafeeiro, para que sejam supridas na época correta. Isso deve garantir a eficiência dos adubos e, por consequência, maior produtividade.
Principais pragas nos tratos culturais do café
Pragas representam um sério problema em qualquer tipo de cultura, inclusive representando grandes perdas econômicas, e não seria diferente com o café. Conhecê-las é essencial para poder realizar um controle efetivo, e garantir a qualidade de seus grãos e maior produtividade da lavoura.
No café, existem 4 principais pragas que assombram os produtores. São elas:
- broca-do-café (Hypothenemus hampei);
- bicho mineiro (Leucoptera coffeella);
- cigarra (Cicada orni);
- ácaro vermelho (Oligonychus ilicis).
Além de serem as mais conhecidas na cultura do café, as pragas citadas são também as mais danosas economicamente para a plantação. O combate pode variar de acordo com o inseto detectado, mas para qualquer um dos casos, é recomendado o Manejo Integrado de Pragas (MIP), sendo também uma opção mais econômica.
Principais doenças nos tratos culturais do café
Você sabia que as doenças do café podem reduzir em até 20% sua produção? Além de serem extremamente limitantes para o cultivo da cultura. É importante saber que as doenças do café podem ser causadas por fungos, vírus, bactérias e nematóides. Antes de buscar as soluções de manejo, é necessário compreender quais doenças podem acometer a cultura do café.
Existem 7 principais doenças que podem afetar e prejudicar seriamente a plantação de café, são elas:
- ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix);
- cercosporiose (Cercospora coffeicola);
- manchas de phoma (Phoma spp.);
- mancha de ascochyta (Ascochyta spp);
- mancha areolada (Pseudomonas syringae garcae);
- nematoide das galhas (Meloidogyne);
- mancha anular do cafeeiro (Coffee ringspot virus – CoRSV).
Cada doença vai requerer um tipo de tratamento no combate, mas assim como no combate às pragas, recomenda-se o Manejo Integrado de Doenças (MID). A ideia é que o produtor seja capaz de identificar e quantificar as doenças, combinando estratégias diversas de controle. Optar pelo MID é também mais econômico.
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