Você conhece a vassourinha-de-botão? A daninha está na mira dos produtores, principalmente de soja, por estar trazendo cada vez mais prejuízos na lavoura. No conteúdo de hoje, vamos conhecer essa planta, suas características, impacto causado e formas de manejo mais indicadas.
Acompanhe a leitura!
O que é vassourinha de botão?
A vassourinha-de-botão (Spermacoce verticillata) é uma planta daninha de difícil controle, que vem causando danos mais sérios às lavouras de soja e algodão no Brasil. A daninha está gerando cada vez mais preocupação por parte dos produtores, já que apresenta tolerância ao glifosato e pode causar infestações de grande extensão.
Segundo a Embrapa, a vassourinha-de-botão se reproduz através de sementes produzidas em grande quantidade e de fácil dispersão, e seu florescimento ocorre entre fevereiro e agosto. A empresa também afirma que a daninha é uma planta rústica, com tolerância até mesmo a solos ácidos e pobres em nutrientes.
Outros nomes da daninha:
É possível reconhecer a vassourinha-de-botão também pelos nomes:
• perpétua-do-mato;
• poaia-botão;
• poaia-rosário;
• falsa-poaia;
• vassourinha;
• erva-botão;
• cordão-de-frade.
Principais características da vassourinha de botão
A vassourinha-de-botão é uma planta que atinge entre 30 a 80cm de altura e possui muitas ramificações. Suas folhas são simples, lisas, distribuídas em vários nós, com uma coloração verde intensa. Além disso, as flores surgem na axila da planta, se apresentando aglomeradas e com coloração branca.
Outras características marcantes da vassourinha-de-botão são sua raiz pivotante, ou seja, possui uma raiz principal de onde saem outras pequenas raízes; e seu hábito de crescimento semi-prostrado ou ereto. Como mencionado anteriormente, a planta cresce em solos ácidos e alcalinos, podendo se desenvolver em locais bem iluminados ou não.
Qual o impacto da vassourinha de botão nas lavouras?
Atualmente, especialistas definem que o principal impacto negativo causado pela vassourinha-de-botão é a redução da produtividade de grãos na lavoura. De acordo com a Fundação Mato Grosso, as perdas de produtividade podem ser de até 28% em Soja e 75% em sorgo. A quantidade exata vai depender da densidade de plantas por m².
Outros dados da Embrapa apontam também que, em pastagens, esse tipo de daninha é capaz de atrasar o desenvolvimento, além de afetar a qualidade nutricional das plantas, destinadas à alimentação dos animais.
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Métodos de controle e manejo da vassourinha de botão
Como dito no início do texto, a vassourinha-de-botão é uma planta de difícil manejo, mas existem alguns caminhos. Vamos conhecê-los a seguir:
Controle químico
O controle químico é o mais indicado no caso de uma infestação de vassourinha-de-botão, mas deve estar associado a outros métodos. A daninha já apresentou resistência ao glifosato, principalmente em estádios mais avançados de seu desenvolvimento. Por isso, recomenda-se realizar o manejo quando as plantas ainda são jovens.
Conheça as moléculas herbicidas registradas para manejo da vassourinha-de-botão na Embrapa e no Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento):
• diclosulam + halauxifen-metil;
• glifosato-sal de isopropilamina;
• glufosinato-sal de amônio;
• glufosinato-sal de amônio + lauril éter sulfato de sódio;
• imazapir;
• picloram + herbicida 2,4-D;
• picloram + 2,4-D-trietanolamina;
• picloram-trietanolamina + 2,4-D-trietanolamina.
Lembre-se de seguir as recomendações de um profissional qualificado antes de realizar qualquer aplicação.
Controle biológico
Até o momento, não há registros de sucesso no manejo da vassourinha-de-botão a partir de técnicas de controle biológico, pois como mencionado, esta é uma daninha de fácil propagação e difícil controle.
Manejo integrado da vassourinha
Para obter resultados satisfatórios no controle da vassourinha, deve-se adotar o manejo integrado da planta daninha, com foco maior no controle químico, como mencionamos anteriormente.
Apesar disso, vale ressaltar que adotar medidas como o plantio direto, que vai integrar a palhada do cultivo anterior como cobertura do solo, é uma das técnicas recomendadas para integrar ao controle químico.
Medidas preventivas adequadas
O controle da vassourinha-de-botão fica mais e mais difícil de acordo com o estádio de desenvolvimento da planta. Por isso, é importante tomar algumas medidas preventivas na lavoura. A primeira delas seria, justamente, controlar daninhas na fase inicial de desenvolvimento, impedindo sua disseminação na área.
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Além disso, certifique-se de limpar máquinas, ferramentas e implementos regularmente, o que vai evitar que torrões de terra com restos de daninhas passem para outras áreas. É importante também eliminar focos de infestação sempre que detectados.
Por fim, considere realizar o controle de espécies invasoras durante a entressafra, além de priorizar sementes de alto valor cultural no plantio da cultura.
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