Você está preparado para enfrentar as principais doenças na cultura do milho?
No conteúdo a seguir, vamos falar sobre pontos extremamente importantes para realizar um bom cultivo, e garantir bons resultados na sua lavoura de milho.
Siga a leitura no Universo AgroGalaxy e conheça as principais doenças e como realizar o manejo adequado de cada uma delas!
A importância de conhecer as doenças na cultura do milho
A cultura do milho é uma das principais na agricultura nacional. Algumas doenças podem causar prejuízos irreversíveis nessa cultura, e para que a produção seja bem sucedida, é fundamental conhecer cada uma delas.
Existem oito principais doenças na cultura do milho. São elas:
- cercosporiose;
- mancha branca (Phaeosphaeria maydis);
- ferrugem;
- helmintosporiose;
- mosaico na cultura do milho;
- antracnose na cultura do milho;
- mancha branca (Bipolaris maydis);
- enfezamentos na cultura do milho.
1. Enfezamentos na cultura do milho
Existem dois tipos de enfezamentos na cultura do milho: enfezamento pálido e enfezamento vermelho. A doença é mais comum em regiões quentes, e pode causar danos de até 70% na produtividade da lavoura. Tanto o enfezamento pálido quanto o vermelho são transmitidos pela cigarrinha do milho.
O controle químico nesta doença pode ser difícil, e por isso, recomenda-se o uso de manejo integrado. Uso de cultivares resistentes, eliminação de plantas voluntárias no campo que possam servir de hospedeiras, evitar plantios consecutivos e adequar a época do plantio são algumas das principais medidas recomendadas nesse manejo.
2. Ferrugem
A ferrugem na cultura do milho pode se apresentar em três formas: ferrugem comum, ferrugem polissora e ferrugem tropical. A ferrugem comum é a menos severa, favorecida por temperaturas baixas e alta umidade. Seu controle pode ser realizado pelo uso de cultivares resistentes e por plantio em épocas desfavoráveis.
A ferrugem polissora é considerada a mais prejudicial entre as três, favorecida por temperaturas mais altas e umidade relativa do ar não tão alta quanto da ferrugem comum. Esta pode representar danos econômicos de até 65% na lavoura. Seu controle é realizado principalmente com o uso de fungicidas e híbridos resistentes.
O fungo causador da ferrugem tropical é altamente agressivo, e pode causar sérios danos econômicos ao afetar as plantas antes do florescimento. Ambientes úmidos e quentes são favoráveis ao desenvolvimento da doença, e o controle é feito a partir do uso de fungicidas em aplicação foliar, além do plantio de híbridos resistentes.
3. Antracnose na cultura do milho
A antracnose é causada pelo Colletotrichum graminicola, um fungo agressivo capaz de infectar todas as partes da planta. A doença pode reduzir a produção em até 40%, em condições de umidade favoráveis e com uso de cultivares suscetíveis.
Para o controle desta doença, é recomendado principalmente o uso de materiais geneticamente resistentes. O uso de adubação equilibrada pode ser também uma boa forma de ajuda no controle da antracnose.
4. Mosaico na cultura do milho
O mosaico na cultura do milho é uma virose que pode causar sérios prejuízos à produção. Um fator que contribui para o aumento da incidência dessa doença no milho é que o vírus causal (SCMV) infecta também gramíneas cultivadas e plantas daninhas. O vetor comum são várias espécies de afídeos, sendo o pulgão o mais comum deles.
Os principais sintomas do mosaico são áreas amareladas e verde-claras, mescladas na planta, e podem ainda chegar ao nível de necrose nas folhas. Seu controle pode ser realizado principalmente pelo uso de variedades resistentes à doença.
5. Helmintosporiose
A helmintosporiose é causada pelo fungo Exserohilum turcicum, e pode causar perdas de até 50% na produção de milho safrinha, em ataques antes da floração. Os principais sintomas da helmintosporiose são as lesões necróticas e elípticas, com coloração que varia entre verde-cinza e marrom. Essas lesões são observadas, a princípio, em folhas mais velhas.
Para garantir o controle adequado da helmintosporiose, é indicado realizar o plantio de cultivares com resistência genética.
6. Mancha branca (Bipolaris maydis)
A mancha branca causada pelo fungo Bipolaris maydis ocorre em todo o território nacional. O sintoma inicial desta doença é o surgimento de manchas aquosas, escuras, com aspecto encharcado. Essas manchas vão clareando de acordo com a evolução da doença. É importante ter atenção, pois a mancha branca sobrevive em restos culturais infectados e em grãos remanescentes após a colheita.
As principais medidas recomendadas para o controle desta doença são o plantio de cultivares resistentes e a rotação de culturas.
7. Mancha Branca (Phaeosphaeria maydis)
Já a mancha branca causada pelo fungo Phaeosphaeria maydis é também uma doença de ampla distribuição no território brasileiro, presente na cultura do milho. A doença pode causar perdas de até 60%, em situações de ambiente favorável e com uso de cultivares suscetíveis.
Algo que pode beneficiar o surgimento da mancha branca na lavoura é o plantio tardio. Como o nome sugere, um dos sintomas da doença é o aparecimento de lesões arredondadas e esbranquiçadas nas folhas. A princípio, esses sintomas são observados nas folhas inferiores, e vão progredindo para as superiores.
O controle da mancha branca pode ser feito a partir da aplicação de fungicidas, uso de cultivares resistentes, retirada de restos culturais e, principalmente, com a realização da rotação de culturas.
8. Cercosporiose
Por último, vamos falar da cercosporiose, uma das principais doenças do milho. A cercosporiose tem ampla distribuição nas regiões de cultivo, e pode causar séria redução na produtividade da cultura. A doença pode causar perda da área foliar fotossintética, que resulta na redução do número e massa de grãos, afetando a produtividade em até 90%.
É possível observar os sintomas da cercosporiose nas folhas, com lesões paralelas às nervuras. Essas lesões apresentam coloração que varia entre verde e marrom, inicialmente. Em situações de umidade alta, as folhas se apresentam cobertas de esporos, apresentando coloração cinza.
O controle da doença pode ser feito a partir do plantio de cultivares resistentes. Além disso, é possível quebrar o ciclo da doença com rotação de culturas, e é importante evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que ocorreu a cercosporiose.
Combate às Doenças na Cultura do Milho
A cultura do milho tem um papel importante na agricultura, fornecendo alimento, ração animal e matérias-primas para diversas indústrias. No entanto, diversas doenças podem comprometer a produtividade e a qualidade do milho. Porém algumas estratégias para combate e prevenção dessas doenças podem ser adotadas como:
Uso de Variedades Resistentes
A escolha de opções de milho que são naturalmente resistentes a doenças específicas pode fazer uma grande diferença na saúde das plantas. Essas variedades possuem características genéticas que limitam a propagação e o agravamento de doenças. Então, ao fazer uso de variedades resistentes, os agricultores podem reduzir a necessidade de tratamentos químicos
Manejo Adequado do Solo
Um solo saudável é importante para a prevenção de doenças. Práticas de manejo, como o uso de adubação equilibrada e a manutenção do pH do solo, podem fortalecer as plantas, tornando-as mais capazes de resistir a infecções e doenças. Além disso, evitar o excesso de umidade no solo é crucial para prevenir o desenvolvimento de patógenos fúngicos, uma ótima opção é o manejo de resistência.
Agora que você já conhece as principais doenças na Cultura do Milho, leia também sobre todas as outras principais culturas do país. Siga o Universo AgroGalaxy e acompanhe as melhores práticas para garantir o sucesso da sua produção
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